My Troubles Are Two

Fazem-se listas que todos os dias mudam o tamanho. Há que tomar atenção e descobrir a relação entre o tamanho das listas e o caos
- deve existir, senão inventa-se porque é tão mais fácil assumir que a ausência de listas é o sinal da ordem. Há quem diga que as listas são a ordem, mas não, as listas são a prova da distância que nos separa da ordem, ou simplesmente da incapacidade de ordem. 

Aquieta-se um coração que não se percebe porque bate assim descompassado, ou é-se surpreendido pelo ritmo regular que ele, caprichoso, decidiu, quando se esperava que crepitasse. 

“The stars have not dealt me the worst they could do: 

My pleasures are plenty, my troubles are two. 

But oh, my two troubles they reave me of rest, 

The brains in my head and the heart in my breast. 

Oh, grant me the ease that is granted so free, 

The birthright of multitudes, give it to me, 

That relish their victuals and rest on their bed 

With flint in the bosom and guts in the head.” 

A.E. Housman